terça-feira, 22 de março de 2016

Bruxelas

Os sucessivos acontecimentos na Europa, África e Médio Oriente demonstram que a humanidade encontra-se numa crise profunda...

Vivemos tempos sombrios.

Desde tenra idade sempre senti tristeza com o sofrimento de seres humanos e animais...custa tanto:(

Mia Rose - Tudo para Dar ft. Salvador Seixas


Aeroporto...

...

Entrei no aeroporto de Lisboa, respirei fundo, olhei para trás, tinha de partir. Sou impulsivo, podia viver mais mil anos que para o bem ou o mal seria assim.

Levava comigo duas malas, uma cheia de roupa e a outra de livros. Fiz o check in, sorri para hospedeira de terra, ela retribuiu, afinal estou vivo.

Sentei-me num dos cafés do aeroporto, pedi um café longo, olhei para o telemóvel, nada, melhor assim.

Tinha de fazer tempo até ao embarque, folhei o jornal, observei as pessoas que gravitavam naquela zona.

Foquei-me num casal jovem, apaixonado, ambos sorriam e trocavam prolongados beijos. Dei por mim a sorrir, era isso o que eu queria da vida, sorrir constantemente.

Acordei do meu "sonho" com uma voz feminina, falava português com sotaque.

- Olá, as mesas estão todas ocupadas, posso sentar-me? - pelo sotaque era inglesa.

- Claro que pode, faça favor - respondi usando o meu formalismo pouco sexy.

- Obrigado sou a Heather, desculpa o meu mau português - usou um sorriso genuíno.

Ela era jovem, na casa dos trinta, loira, pele clara, olhos  esverdeados, elegante, mas foi no sorriso que me concentrei.

- Hi Heather - sorri também - Sou o João ou se preferires John.

- John João ehehehe - disse a rir.

- Pode ser, vais para onde? - concentrei-me  nos pormenores, usava uns jeans rasgados no joelho, uns ténis da moda e uma camisa de ganga clara.

- Estas a olhar para mim João ?  - apanhado pensei eu - Não nada disso estava apenas a reparar que tinhas uma camisa muito bonita - retorqui num tom jovial

Ambos rimos, fazia tempo que não me sentia assim leve, sem fantasmas, duas pessoas só...

- Vou para Londres, estive em trabalho em Lisboa, agora regresso e tu?

- Vou viver para o País de Gales, aceitei uma proposta de trabalho, vou trabalhar para uma financeira.

- Nice, ops, que bom e queres ser meu amigo John? - Claro que sim, a minha primeira amiga inglesa.

O mundo é um mar de coincidências, embarcamos no mesmo voo, lugares diferentes mas com poder de persuasão conseguimos trocar lugares e ficar juntos.

Senti-me bem, a conversa fluía, foram três horas onde falámos de história, de nós, do mundo, de expetativas.

Falámos de comida, de música, de viagens, ficou prometido um passeio pelo Alentejo, uma ida a Almourol, um cruzeiro no Douro, uma ida Cornualha, a muralha de Adriano, falamos de tudo e de nada.

Chegámos a Londres, eu tinha o tempo cronometrado para apanhar o comboio para Cardif, trocamos números de telefone e moradas.

- Adeus Heather, vou ter saudades - Saudades? what? - disse ela a rir e agarrou-me o meu corpo envolvendo-me num abraço forte, intenso e beijou ao leve os meus lábios, demasiado leve.

- Miss you João - partiu fiquei um minuto parado, suou a uma eternidade.

Segui para a estação pensativo, tinha-me esquecido de ligar a dizer que estava bem, olhei para o visor do telemóvel.

"Se voltasses atrás no tempo tentavas mudar algo? Eu sim... beijo"

Irónico, demasiado tarde, demasiado sofrimento, quando abri o meu coração, expus-me ao limite das minhas forças, fui rejeitado.

"Tu escolheste o presente...beijo se feliz"

Suspirei tinha um comboio para apanhar, uma vida nova a começar, o sorriso da Heather, meti os phones e ouvi...












domingo, 20 de março de 2016

mais um para a lista


Vi o clássico, li a obra, venha a versão 2016:)

o papel do passado


Dizem os eruditos, com razão, se o ser humano não apreender com o passado irá continuamente repetir os mesmos erros. Numa dimensão mundial é óbvio que pouco aprendemos com a história. No nosso microcosmos a situação é semelhante, repetimos erros por não olharmos para o nosso passado. A racionalidade de ver claramente o que somos, o que queremos, o que já fizemos e sobretudo a consequência das nossas acções e dos outros em determinadas circunstâncias. Eu próprio tenho muito a aprender com o passado, com o que vivi, observei, li ao longo de mais de três décadas................


sábado, 19 de março de 2016

crónica de um passado recente

"But you don t wanna be high like me
Never really knowing why like me
You don t wanna step off that roller coaster and be all alone..."

"All i know are sad songs, sad songs.."

Houve uma noite que abri totalmente a minha alma, coração, tudo...sem reservas, pronto para enfrentar o universo,  algo que nunca tinha feito...

Vivendo mil anos nunca vou esquecer...


Aprendi e como aprendi, o comboio só passa uma vez...o destino é sempre traçado por nós tal como as palavras gravadas no corpo.




na escuridão consegues encontrar a luz..


Ser pai

Pai, palavra palavra forte, ser pai é amar, educar, ser presente.

Sempre vi a figura do pai como alguém próximo, nunca partilhei a figura espartana e austera que muitos pais assumem.

Ser próximo, presente, partilhar é o mote. Hoje digo com o orgulho que vejo o meu pai também como um amigo mais velho, insubstituível com quem partilho estados espirito, medos, ideias...

O melhor que um pai pode dar a um filho vai muito além dos bens materiais, dos favores, o melhor é o legado, carinho, amor, educação, princípios e aquele abraço forte quando pensamos que o mundo está todo contra nós.

Nunca me vou esquecer da primeira viagem de comboio, da primeira dia ao estádio da luz, a primeira bomboca que comi, tudo pela mão do meu pai...

Existe algo que me intriga como é que pessoas que são pais que trazem seres ao mundo não mudam e se tornam mais humanas, bondosas, no fundo é tudo caráter versus egoísmo mesquinho.



terça-feira, 15 de março de 2016

crónica da semana.

Banalidades...

A vida diz-me que o grau de idiotice do ser humano atinge proporções gigantescas.

Casamento, relações longas, com laços ténues ou rotineiros é o mote.

Vidas desconexas de perfeitos desconhecidos que partilham contas, casa, filhos, discutem, fodem de vez em quando e sonham com tudo e todos menos com quem ressona ao seu lado.


Mudando o tema...

Horas de dedicação a fio,  exigência aumenta, horas de leviandade e de entrega mínima, ninguém te chateia.

Desconexo e demasiado estupido.

A pirâmide invertida na qualificação. Faz-me lembrar a monarquia, os legados, basicamente o QI invertido.

Torna difícil a interação. Mas acredito que um dia as coisas mudam, o mundo muda, tudo termina, tudo se renova...e o mundo nunca foi dos fracos...

Ando a ler três livros ao mesmo tempo, um passado no século I, outro nos anos 60 e outro num clima pós apocalíptico...tudo junto também não ajuda em nada...

De forma a evitar que a maluquice se apodere totalmente da minha cabeça, estou a precisar de;

- Uma saída até às 6H, daquelas bem fortes...insane
- Passar 5 dias no campo, castigar-me através da atividade física, beber, observar, rir e sei lá mais
- Comprar mais 4 livros e começar a ler, para ficar ainda mais baralhado.
- Viajar ...
- Ganhar coragem para acabar a merda do livro.
- Decidir se pinto o cabelo ou me transformo num grisalho sexy.
- Ganhar coragem de ser egoísta de me preocupar comigo (preciso de crescer imenso nesse ponto).

Com isto espero aumentar a minha imunidade  à loucura que grassa por aí...ou não, bem logo se vê.









LVNDSCAPE & Holland Park feat. Nico Santos - Waterfalls (Official Music ...







Prefiro sempre o original...miúda é bem gira!

DJ Snake - Middle (Audio) ft. Bipolar Sunshine







Agora passo muito tempo a conduzir...aproveito para me atualizar no campo musical.



Apesar dos cabelos brancos...ando numa onda musical muito fresh...=PPP

sábado, 12 de março de 2016

Lembrar o verão...




Dia bonito, sol, recordar o verão, faltam duas semanas para ir quatro dias para o meu retiro junto ao rio, anseio por desgastar-me fisicamente nas corridas pelos trilhos que serpenteiam às margens do Tejo. Preciso muito de suar, de libertar-me através da exaustão, faz-me bem é um tónico.................

sábado, 5 de março de 2016

quarta-feira, 2 de março de 2016

Rodrigo Lapa

Mais um nome para a estatística, o corpo do jovem algarvio foi encontrado. Padrasto brasileiro viajou para o Brasil no dia do desaparecimento, mãe suspeita de ocultar os fatos.

Portugal é um país de cobardes, homens assassinam mulheres por ciúmes, familiares matam-se por heranças, vizinhos por m2 de terra e pais e mães maltratam e assassinam os próprios filhos...

As estatísticas são avassaladoras, o típico crime português é cobarde, doentio....é terceiro mundo...

Uma mãe que protege um canalha, que deixa o seu filho a merce de um psicopata do outro lado do Atlântico,  deixa o homem partir sabendo que não existe acordo de extradição nem hipótese de condenar tal personagem merece o cárcere.

Estranhos tempos vive Portugal...


terça-feira, 1 de março de 2016

Observar o céu

O senão de morar na cidade é não conseguir observar a beleza do céu durante a noite.

É o drama das luzes artificiais que roubam a magia de uma noite de luar.

Tu que moras no campo tens essa felicidade, olhar as estrelas, veres nelas os sinais.

Sinais de que alguém, talvez, quem sabe, está a pensar em ti.

Alguém, difícil, com a alma tatuada, onde só tu se quiseres podes ler e reler o que ele sente...

E tu no que pensas?


...


domingo, 28 de fevereiro de 2016

Música da noite




Música do dia


hoje é domingo...crônica da personalidade

Antes de falar do meu fim de semana e das minhas incertezas, certezas, questões filosóficas, amor, amor incorrespondido, etc vou falar do que me aconteceu faz trinta minutos....

Cheguei, deixei as malas em casa e fui aos meus pais.

Sozinho parei o carro numa bomba de gasolina para abastecer.

Absorvido nos meus pensamentos vejo alguém dirigir-se a mim.

- jovem, não tenha medo de mim, estou aqui à quase uma hora a pedir ajuda e ninguém me ouve ou me deixa aproximar.

Olhei, era um homem mais novo que eu mas com as marcas de uma vida de drogas pesadas, magro, sem dentes, pele sulcada pelas agruras das má escolhas.

- Boa tarde, claro que não tenho medo, diga...

Respondi olhando o homem nos olhos.

- Jovem, eu sou toxicodendente e seropositivo, não tenho o que comer, nem forma de apanhar o comboio para casa, não roubo, tento ser educado, mas ninguém me ajuda.

- Anda comigo - disse eu.

Entramos juntos na bomba, cheia de gente, tudo a olhar de lado para nós.

Perguntei o que queria comer, enfrentando os dois todos os olhares de repulsa.

Paguei, saímos juntos, acompanhei-o a pé até à ponte que permite ter acesso à estação de comboio.

Conversamos um pouco, falamos da vida, do futuro, de esperança.

Dei-lhe o dinheiro para o comboio, virei as costas, suspirei, caiu uma leve lágrima.

Fodasse, ser humano é sentir é transmitir as nossas emoções é viver de acordo com o nosso caráter.

Por mais que diga que vou ser mais frio, por mais que as palavras às vezes me traiam e tentem passar aquilo que eu não sou...não consigo.

Serei sempre aquele André, sensivel, que desde miúdo acreditou que o rumo correto seria sempre seguir o coração e não a razão.

falta algo....


Um retrato da vida...

sábado, 27 de fevereiro de 2016

crônica de um estranho

Deitei-me a pensar ...de olhos fechados ouvia a chuva cair com uma força impetuosa.

Na minha ecoavam imagens, momentos que vivi...

Mesmo num momento surreal onde tudo parece estar a ruir ....sigo o caminho...

Sei que não sou nem serei um cavaleiro de armadura reluzente que encanta tudo e todos...

Também sei que o mundo de hoje não é fácil para tipos como eu...

Tipos como eu...se me perguntares o queeu sou eu respondo assim;

Sou um animal a beira da extinção.

Um molde com defeito...

Enquanto tiver força e aguentar pretendo viver assim, desalinhado...


sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Crônica de uma sexta fria...

Dizem por aí que o tempo cura tudo.

Já acreditei, hoje não. O tempo pode em alguns casos ajudar a esconder ou camuflar vivências do passado.

O tempo cura uma discussão entre dois apaixonados, o tempo pode fazer esquecer rivalidades, o tempo pode ajudar a perdoar.

Mas o tempo nunca faz esquecer o grande amor da nossa vida.

É algo que fica tatuado para sempre na nossa alma, o nosso coração sente é intrínseco, acompanha-nos até ao final dos nossos dias...

E mesmo que nos digam que nada resulta, que o mundo não foi feito para nós eu não abdico de deixar a luz acesa.

Fraquezas, desespero momentâneo, tristeza profunda, má fase na vida, tudo nos puxa para baixo mas aquilo que se sente é mais forte.

A vida sem amor é vazia, o amor sem esperança não faz sentido.

Nem que seja um amor solitário...


quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Fecha os olhos...

e ouve...

Já li a obra toda de Tolkien, sublime de uma pureza e de uma criação única.

Vi os seis filmes que retratam a Terra Média, revi todos reli todos...e sei que o voltarei a fazer...







terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

noite

Mais um dia ou menos um dia..mãos frias!

O tempo voa...será que a nossa passagem se resume a isto?




dentista

"Adoro" sobretudo o misto da broca e do peito encostado à minha cara...:-)

domingo, 21 de fevereiro de 2016

pé direito...

Comecei a reler a aventura de Cato no seio das legiões romanas.

Procuro inspiração, um apoio na ficção, talvez um conforto intelectual, aquilo que muitas vezes não encontro noutros lados...

Conheço-me, sei o meu valor, sei que tenho de trabalhar a  confiança em mim mesmo, um pouco abalada.

 Também sei que preciso daquela pontinha de sorte e por fim sei que sozinho nada consigo.

A conjuntura é difícil mas é nesse momento que os grandes homens aparecem.

Vou tentar ser um desses homens que enfrenta as dificuldades sem desistir, sem baixar a cabeça sem sequer pensar no insucesso.

Boa sorte a mim.


O homem do castelo alto

Obra interessante, terminei a leitura.

O mote é mundo após a 2ª grande guerra.

Guerra essa vencida pela Alemanha e o Japão...

Onde o livro proibido abordava  um mundo após a vitória dos aliados...

Leiam...

Custa-me pensar que existem seres humanos que nunca leram ou quiseram ler um livro...






Se for verdade...

se for verdade...

crônica o sono ou a impossibilidade de dormir

Acordar 3 vezes durante a noite, sonhos estranhos sem conexão...

Ultimamente as minhas noites são assim.


É o ritmo avassalador da mudança...

4h da manhã desisto de dormir...agarro num livro,  no ipad e sala.

Olho de soslaio para o instagram, leio 30m e acabo a ver o primeiro episódio da nova temporada dos vikings...

Dou comigo a pensar o meu feitio/personalidade convivia melhor com o pragmatismo do séc IX.

Existia mais espaço para partir e procurar o isolamento, vivo mal com os meandros dos nossos tempos...

Caso crônico = inadaptado.






sábado, 20 de fevereiro de 2016

a real situação

Só não vê quem é rico, cego ou não sai do gabinete e visita o país real...

No fundo defendo que o problema economico é sobretudo de educação tanto ao nível das bases como do topo.

Os imensos casos de corrupção conhecidos, abafados e por revelar demonstram uma sociedade "podre".

O português ainda vive no tempo do capataz e da mesquinhez...

O modelo economico da UE também não ajuda...

http://m.economico.sapo.pt/noticias/o-unico-plano-de-bruxelas-e-manter-a-estrutura-de-cartel-da-uniao-europeia_243159.html

Cato a crônica

Ontem falei numa montanha russa. Neste momento é assim que descrevo a vida.

legionário, depois optio, um dia acordo centurião e ao fim da tarde sou tribuno.

 E quem lê pergunta possivelmente o motivo de falar na hierarquia das legiões romanas.

A resposta é simples, nem passa pelo amor incondicional que tenho pelo estudo do passado.

Cato é uma personagem de uns livros que leio desde os vinte e muitos. Penso que em Portugal foram editados uns 7 ou 8 volumes, mas em Inglaterra já ultrapassa seguramente a dezena ( dramas de países onde investir em traduzir livros não é lucrativo).

Cato é um homem que sai do nada, inteligente, bondoso que vai evoluindo com a ajuda de um veterano, Macro.

Sobe a pulso, sente a discriminação, constantemente tentam boicotar e minar a sua carreira.

Tem inimigos poderosos, astutos e estes usam sicários que o atormentam.

Mas Cato, vai crescendo, amadurece, chora sozinho, mas enfrenta tudo e todos com uma força de espírito e sagacidade notável.

Andar em terreno minado, ou vulgo terra queimada não é fácil, exigir quase o impossível sim, é fácil...manipular também.

Cato é ficção, o mundo real é ainda mais cão. Mas não deixa de ser uma inspiração.

Pois a vida é mesmo uma montanha russa e uma das maneiras de cair com estrondo é fazerem alguém subir alto...

faleceu Umberto Eco (1932 - 2016)

Obrigado pelos momentos a folhear, imaginar..."viver" os seus livros!

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

esquecimento

Qual é o teu maior medo? O esquecimento...

Oblivion


bad day


No dia em que recebo uma promoção ou um acrescento de responsabilidade, tenho uma noticia demasiado triste...


A vida é uma montanha russa.

Eu tenho um feeling...dos 40 ñ passo.


...

Ainda ontem o tema de conversa era o almoço em Évora...hoje foste abalado pela tristeza.

Força amigo, terás sempre o meu apoio...



friday


quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

considerações de uma fria noite de chuva

Música, headphones, escuridão, trinta minutos.

Terapêutico...

Preocupa-te só com o que controlas, desvaloriza atos mesquinhos, entrega-te como no primeiro dia, reage a adversidade, luta, se altruísta, desliga-te da maldade e do egoísmo.

É esse o caminho, o rumo para nunca perder o mais importante o caráter, o carisma.

Observa, lê, aprende, ouve, dá-te a quem quer conhecer o que tens para partilhar.

Sonha, imagina, segue os teus ideais, realiza-te a vida é uma curta viagem.



Música do dia

Houve um homem assombrado que percebeu que nem todas as batalhas são para vencer.


Podemos sempre escolher como cair, de costas ou firmes de pé.

Inimigos poderosos...


terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

música do dia

A outra pertencia a ontem.

Hoje é uma música para ouvir de olhos fechados.

Bem vamos lá continuar a saborear a vida...



Ontem perto da meia noite enquanto seguia pensativo para casa na rádio tocava...


sábado, 13 de fevereiro de 2016

a culpa é das estrelas

Vejam...deu hoje na SIC...basta usar o comando.

Crónica de um homem assombrado I

Havia um homem.

Um homem que  tinha um passado, um passado que o assombrava.

Não era um cobarde, mas não era aquilo que esperava um dia ter sido.

Diretamente nunca tinha fugido de uma batalha mas tinha escolhido não participar em algumas guerras.

Sentia-se uma espécie de animal encurralado, sempre  o tinha sido.

Esse animal encontra-se numa encruzilhada.

Todas as noites acordava em sobressalto, via os rostos daqueles que perdeu, daqueles que desiludiu, daquela que amou.

A tormenta era épica, partiu, isolou-se do mundo, quis descobrir o que afinal era, qual o seu papel num mundo onde as trevas todos os dias conquistavam espaço para si.


Partiu numa manhã de chuva, apenas levava consigo um livro, uma capa e a sua espada.

Afastou-se em direção ao remoto, quis estar com ele, encontrar-se no silêncio da natureza, observar e reler todo seu passado para conseguir encarar o presente e enfrentar o futuro.

Caminhou pelo mundo, fugiu dos seres humanos, enfrentou tempestades, chuva, o frio, calor, fome.

Dormiu em grutas,  dormiu ao relento, apenas com a copa das árvores como proteção, comeu o que a natureza lhe proporcionava, envelheceu, o cabelo e a barba cresceram e todas as noites meditou.

Passou quase um ano, parou uma noite junto ao mar, viu o sol resplandecente, os pássaros, as força das ondas a diluírem-se nas rochas e sentiu que estava pronto a voltar a enfrentar o mundo.

Partiu, o regresso era longo, não ia evitar mais os humanos.

Descobriu que um homem para ganhar o mundo não pode perder a alma e esse equilíbrio era a chave para enfrentar as guerras que aí vinham...



"adoro" chuva

Emigrar para um país onde chove mais de metade do ano não é para mim.

Uma semana de chuva e já estou em stress.

Papéis, tv, café, livros e uma inquieta necessidade de sair ou fazer qualquer coisa de diferente.



quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

domingo, 7 de fevereiro de 2016

Amanhã...

Espero estar a esta hora com a salamandra ligado, sozinho no meu canto junto ao rio...

Domingar...

Uma noite de amigos, com jantar copos e uma festa porreira faz bem a alma.

Conversa, sorrisos, histórias, assuntos sérios outros pura brincadeira...

Ganhei coragem, dormindo apenas quatro horas fui correr.

Mais valia a pena ter ficado quieto, 10km e uma forte dor no joelho direito.

Li, naveguei na net, fiz mais um pouco do roteiro das férias e pensei.




quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

a voz de um burro que chegou ao céu...

Depois de passar metade do dia a analisar números de ouvir a voz de um burro que me persegue e não sei como chegou ao céu, dei por mim a pesquisar mais valias durante mais de uma hora.

Descobri algo que já sabia, o Estado vive para nos lixar...

Bem vi uns óculos de sol giros...não foi tudo mau.

X Files episódio III

O resto que se foda...ninguém me conhece



 

mais um dia

Mais um dia vivido, menos um dia de vida...

Mais um dia em terra de ninguém, mais um dia sozinho...

Existe quem defenda que a vida é uma confortável rotina...ainda não quero acreditar nisso.

Educação é a mãe de tudo, conhecimento a chave do sucesso...mediocridade e mesquinhez o cancro de uma nação.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Dia pessoal da melancolia





Nunca falha se estou na fossa oiço e fico ainda mais na fossa...

Ugly Kid Joe - Cats In The Cradle







Pensamento do dia;



Passo a vida a ser fodido como é que ainda não sou gay...

Imagina....

Imagina que nos últimos dois anos foste o melhor marcador do campeonato.

Jogaste em duas equipas da primeira divisão. Em ambas as equipas criaste sempre bom ambiente.

Sempre que foste obrigado a mudar de equipa deixaste saudades nas pessoas com quem jogavas.

No último ano tiveste um desempenho fantástico, golos, prémios, palmadas nas costas, mensagens e muito blá blá blá.

Imagina que ficas orgulhoso e começas imediatamente a preparar o novo ano, mais golos etc.

E de repente transferem-te novamente, estupefação, o jogador para sair só imaginava melhor, liga dos campeões, um desafio estimulantemente.

Nada disso, imagina que vais parar aos distritais, sozinho, defesas rudes, mau relvado e sem nenhum apoio ao avançado.


Imagina estavas a evoluir a crescer todos os dias e em um mês sentes ficas estagnado, sentes-te uma merda, longe dos palcos que quiçá achavas que merecias.

O que faz o avançado, desiste, entrega-se à realidade? Ou luta sozinho e desamparado contra tudo e todos?

Eu só quero imaginar, não queria ser esse pobre "coitado"...

domingo, 31 de janeiro de 2016

o meu domingo

Familia, foi o mote de grande parte do dia.

Avô acamado, levar avó ao supermercado, visitar mãe, que continua lentamente a recuperar de uma convalescença.

 Sempre com um sorriso e uma palavra de carinho, mesmo quando por dentro não estou nos melhores dias.

É esse o meu dilema, ser forte quando às vezes me sinto, vá menos forte.

Amanhã mais uma semana, sabendo que  a cada km que faço em frente a vontade é fazer dois para trás.

Mas sigo, a vida é uma sucessão de momentos...basta esquecer a emoção.


Música do dia

Normalmente quanto mais penso mais chego à conclusão que sou burro, irónico.

Vou tentar que a música do dia espelhe o estado de espírito.


Cinema

Ontem fui ao cinema, tinha curiosidade em ver a 5ª Vaga, o primeiro de três filmes.

 Depois de ter visto  o The Revenant  este era o único filme que me despertava curiosidade.

Faz agora três semanas fui passar dois dias a Sines e acabei a comprar o primeiro livro desta trilogia transformada em filme.

O Livro é "leve" bem escrito, prende o leitor, as personagens Cassie, Zombie, Ringer, Vosh, são fortes à medida da história.

E a história é uma invasão extraterrestre com o intuito de arrasar a humanidade.

O filme distrai, foram duas horas descontraídas, mas entre o filme e livro mais uma vez vence o livro.

Num regime mais adulto.

Na sexta vi os dois novos novos episódios dos X Files, gostei imenso.

sábado, 30 de janeiro de 2016

Lendas e mitos


Existem figuras que sempre me fascinaram, histórias, mitos que já li, reli, pesquisei e nunca se esgotou o desejo de saber mais, de procurar respostas.

A figura que desde miúdo me fascinou, desde que li o meu primeiro livro, foi Artur.

Artur, uma lenda, uma figura histórica, um mito. Talvez um pouco de tudo, no fundo um ideal.

 Nunca me revi nos contos medievais da távola  redonda, tudo mentira.

Artur viveu num dos períodos mais obscuros da história, o fim do Império Romano, o início de uma nova era, a erosão de uma sociedade, o emergir do caos.

A Britânia foi uma das primeiras províncias a ser abandonada à sua sorte pelo Império Romano do Ocidente. Quase um século antes da queda oficial  em 476 as legiões abandonaram a ilha.

Salvar a Gália, a Itália e outras províncias era a prioridade dos imperadores, que não conseguiam subjugar as hordas de povos germânicos que atravessavam o Reno e o Danúbio.

Os Britânia tinha sido a última província a ser conquistada no Ocidente, a romanização tinha atingido sobretudo o sul e os centros urbanos.

No coração e na cultura do povo autóctone a consciência tribal ainda vivia, era uma chama ainda acesa.

 O cristianismo crescia, mas o culto dos Deuses ancestrais ainda era forte, sobretudo nas regiões menos romanizadas.

A região fragmentou-se surgiram pequenos reinos, a clivagem tribal e as rivalidades ancestrais voltaram.

O mundo regrediu, arquitetura, engenharia, cultura, o mundo quase voltou ao antes da ocupação romana.

A costa da Britânia começa a sofrer as invasões dos saxões,  povo de origem germânica que procura conquistar território para fugir à fome, frio e sobrepovoamento das duas terras ancestrais.

É neste contexto de divisão e de invasão por parte dos ferozes saxões que surge Artur.

Uns dizem que descendia de famílias brito-romanas que optaram por ficar na ilha, outros que era filho ilegítimo do Rei Uther, a origem é uma incógnita.

Na verdade era um homem que nasceu, cresceu e lutou num mundo hostil em completa mutação.

Amanhã falo um pouco mais sobre este homem que tanto me fascina...





Crónica inicial

ameialuzz.blogspot.com morreu, com ele também morreu algo em mim.

Foram quase seis anos, onde tentei falar de mim.

Seis anos onde me repeti, onde eu próprio tentei perceber quem era e o que queria da minha vida.

Seis anos de alegrias, tristezas, ilusões e algumas desilusões.

Seis anos onde sonhei com um amanhã diferente.

Onde tentei deixar o meu coração falar, onde fui muitas vezes atraiçoado pela vida e noutras por mim mesmo.

Aprendi a contar só comigo, a dar menos valor ao que se diz, só ao gesto, a palavra é efémera a atitude marca para sempre.

Em 2010 sentia-me cada vez mais estoico e menos emocional, a frieza incomodava-me, o meu corpo a minha alma davam-me esses sinais.

Usei a escrita para reverter, para tentar fazer vir ao de cima aquilo que se encontrava escondido num canto obscuro.

Consegui em momentos, hoje sinto que ganhei algumas batalhas mas perdi a guerra.

Desde cedo percebi que a maioria dos seres humanos consegue ter sempre coragem para maltratar aqueles que lhes querem bem, é mais fácil.

Na verdade vivo num mundo mau, mas que me permite viver, se nascesse cinquenta anos antes teria morrido aos dezoito anos.

É tudo adaptação, o lado estoico todos os dias ganha mais um bocado do meu coração.

Aqui vou partilhar rotinas, ficção, pensamentos, desabafos da forma como hoje encaro o mundo.

Não interessa se vivemos muito, interessa é como se vive...