terça-feira, 22 de março de 2016

Bruxelas

Os sucessivos acontecimentos na Europa, África e Médio Oriente demonstram que a humanidade encontra-se numa crise profunda...

Vivemos tempos sombrios.

Desde tenra idade sempre senti tristeza com o sofrimento de seres humanos e animais...custa tanto:(

Mia Rose - Tudo para Dar ft. Salvador Seixas


Aeroporto...

...

Entrei no aeroporto de Lisboa, respirei fundo, olhei para trás, tinha de partir. Sou impulsivo, podia viver mais mil anos que para o bem ou o mal seria assim.

Levava comigo duas malas, uma cheia de roupa e a outra de livros. Fiz o check in, sorri para hospedeira de terra, ela retribuiu, afinal estou vivo.

Sentei-me num dos cafés do aeroporto, pedi um café longo, olhei para o telemóvel, nada, melhor assim.

Tinha de fazer tempo até ao embarque, folhei o jornal, observei as pessoas que gravitavam naquela zona.

Foquei-me num casal jovem, apaixonado, ambos sorriam e trocavam prolongados beijos. Dei por mim a sorrir, era isso o que eu queria da vida, sorrir constantemente.

Acordei do meu "sonho" com uma voz feminina, falava português com sotaque.

- Olá, as mesas estão todas ocupadas, posso sentar-me? - pelo sotaque era inglesa.

- Claro que pode, faça favor - respondi usando o meu formalismo pouco sexy.

- Obrigado sou a Heather, desculpa o meu mau português - usou um sorriso genuíno.

Ela era jovem, na casa dos trinta, loira, pele clara, olhos  esverdeados, elegante, mas foi no sorriso que me concentrei.

- Hi Heather - sorri também - Sou o João ou se preferires John.

- John João ehehehe - disse a rir.

- Pode ser, vais para onde? - concentrei-me  nos pormenores, usava uns jeans rasgados no joelho, uns ténis da moda e uma camisa de ganga clara.

- Estas a olhar para mim João ?  - apanhado pensei eu - Não nada disso estava apenas a reparar que tinhas uma camisa muito bonita - retorqui num tom jovial

Ambos rimos, fazia tempo que não me sentia assim leve, sem fantasmas, duas pessoas só...

- Vou para Londres, estive em trabalho em Lisboa, agora regresso e tu?

- Vou viver para o País de Gales, aceitei uma proposta de trabalho, vou trabalhar para uma financeira.

- Nice, ops, que bom e queres ser meu amigo John? - Claro que sim, a minha primeira amiga inglesa.

O mundo é um mar de coincidências, embarcamos no mesmo voo, lugares diferentes mas com poder de persuasão conseguimos trocar lugares e ficar juntos.

Senti-me bem, a conversa fluía, foram três horas onde falámos de história, de nós, do mundo, de expetativas.

Falámos de comida, de música, de viagens, ficou prometido um passeio pelo Alentejo, uma ida a Almourol, um cruzeiro no Douro, uma ida Cornualha, a muralha de Adriano, falamos de tudo e de nada.

Chegámos a Londres, eu tinha o tempo cronometrado para apanhar o comboio para Cardif, trocamos números de telefone e moradas.

- Adeus Heather, vou ter saudades - Saudades? what? - disse ela a rir e agarrou-me o meu corpo envolvendo-me num abraço forte, intenso e beijou ao leve os meus lábios, demasiado leve.

- Miss you João - partiu fiquei um minuto parado, suou a uma eternidade.

Segui para a estação pensativo, tinha-me esquecido de ligar a dizer que estava bem, olhei para o visor do telemóvel.

"Se voltasses atrás no tempo tentavas mudar algo? Eu sim... beijo"

Irónico, demasiado tarde, demasiado sofrimento, quando abri o meu coração, expus-me ao limite das minhas forças, fui rejeitado.

"Tu escolheste o presente...beijo se feliz"

Suspirei tinha um comboio para apanhar, uma vida nova a começar, o sorriso da Heather, meti os phones e ouvi...












domingo, 20 de março de 2016

mais um para a lista


Vi o clássico, li a obra, venha a versão 2016:)

o papel do passado


Dizem os eruditos, com razão, se o ser humano não apreender com o passado irá continuamente repetir os mesmos erros. Numa dimensão mundial é óbvio que pouco aprendemos com a história. No nosso microcosmos a situação é semelhante, repetimos erros por não olharmos para o nosso passado. A racionalidade de ver claramente o que somos, o que queremos, o que já fizemos e sobretudo a consequência das nossas acções e dos outros em determinadas circunstâncias. Eu próprio tenho muito a aprender com o passado, com o que vivi, observei, li ao longo de mais de três décadas................


sábado, 19 de março de 2016

crónica de um passado recente

"But you don t wanna be high like me
Never really knowing why like me
You don t wanna step off that roller coaster and be all alone..."

"All i know are sad songs, sad songs.."

Houve uma noite que abri totalmente a minha alma, coração, tudo...sem reservas, pronto para enfrentar o universo,  algo que nunca tinha feito...

Vivendo mil anos nunca vou esquecer...


Aprendi e como aprendi, o comboio só passa uma vez...o destino é sempre traçado por nós tal como as palavras gravadas no corpo.




na escuridão consegues encontrar a luz..