domingo, 31 de janeiro de 2016

o meu domingo

Familia, foi o mote de grande parte do dia.

Avô acamado, levar avó ao supermercado, visitar mãe, que continua lentamente a recuperar de uma convalescença.

 Sempre com um sorriso e uma palavra de carinho, mesmo quando por dentro não estou nos melhores dias.

É esse o meu dilema, ser forte quando às vezes me sinto, vá menos forte.

Amanhã mais uma semana, sabendo que  a cada km que faço em frente a vontade é fazer dois para trás.

Mas sigo, a vida é uma sucessão de momentos...basta esquecer a emoção.


Música do dia

Normalmente quanto mais penso mais chego à conclusão que sou burro, irónico.

Vou tentar que a música do dia espelhe o estado de espírito.


Cinema

Ontem fui ao cinema, tinha curiosidade em ver a 5ª Vaga, o primeiro de três filmes.

 Depois de ter visto  o The Revenant  este era o único filme que me despertava curiosidade.

Faz agora três semanas fui passar dois dias a Sines e acabei a comprar o primeiro livro desta trilogia transformada em filme.

O Livro é "leve" bem escrito, prende o leitor, as personagens Cassie, Zombie, Ringer, Vosh, são fortes à medida da história.

E a história é uma invasão extraterrestre com o intuito de arrasar a humanidade.

O filme distrai, foram duas horas descontraídas, mas entre o filme e livro mais uma vez vence o livro.

Num regime mais adulto.

Na sexta vi os dois novos novos episódios dos X Files, gostei imenso.

sábado, 30 de janeiro de 2016

Lendas e mitos


Existem figuras que sempre me fascinaram, histórias, mitos que já li, reli, pesquisei e nunca se esgotou o desejo de saber mais, de procurar respostas.

A figura que desde miúdo me fascinou, desde que li o meu primeiro livro, foi Artur.

Artur, uma lenda, uma figura histórica, um mito. Talvez um pouco de tudo, no fundo um ideal.

 Nunca me revi nos contos medievais da távola  redonda, tudo mentira.

Artur viveu num dos períodos mais obscuros da história, o fim do Império Romano, o início de uma nova era, a erosão de uma sociedade, o emergir do caos.

A Britânia foi uma das primeiras províncias a ser abandonada à sua sorte pelo Império Romano do Ocidente. Quase um século antes da queda oficial  em 476 as legiões abandonaram a ilha.

Salvar a Gália, a Itália e outras províncias era a prioridade dos imperadores, que não conseguiam subjugar as hordas de povos germânicos que atravessavam o Reno e o Danúbio.

Os Britânia tinha sido a última província a ser conquistada no Ocidente, a romanização tinha atingido sobretudo o sul e os centros urbanos.

No coração e na cultura do povo autóctone a consciência tribal ainda vivia, era uma chama ainda acesa.

 O cristianismo crescia, mas o culto dos Deuses ancestrais ainda era forte, sobretudo nas regiões menos romanizadas.

A região fragmentou-se surgiram pequenos reinos, a clivagem tribal e as rivalidades ancestrais voltaram.

O mundo regrediu, arquitetura, engenharia, cultura, o mundo quase voltou ao antes da ocupação romana.

A costa da Britânia começa a sofrer as invasões dos saxões,  povo de origem germânica que procura conquistar território para fugir à fome, frio e sobrepovoamento das duas terras ancestrais.

É neste contexto de divisão e de invasão por parte dos ferozes saxões que surge Artur.

Uns dizem que descendia de famílias brito-romanas que optaram por ficar na ilha, outros que era filho ilegítimo do Rei Uther, a origem é uma incógnita.

Na verdade era um homem que nasceu, cresceu e lutou num mundo hostil em completa mutação.

Amanhã falo um pouco mais sobre este homem que tanto me fascina...





Crónica inicial

ameialuzz.blogspot.com morreu, com ele também morreu algo em mim.

Foram quase seis anos, onde tentei falar de mim.

Seis anos onde me repeti, onde eu próprio tentei perceber quem era e o que queria da minha vida.

Seis anos de alegrias, tristezas, ilusões e algumas desilusões.

Seis anos onde sonhei com um amanhã diferente.

Onde tentei deixar o meu coração falar, onde fui muitas vezes atraiçoado pela vida e noutras por mim mesmo.

Aprendi a contar só comigo, a dar menos valor ao que se diz, só ao gesto, a palavra é efémera a atitude marca para sempre.

Em 2010 sentia-me cada vez mais estoico e menos emocional, a frieza incomodava-me, o meu corpo a minha alma davam-me esses sinais.

Usei a escrita para reverter, para tentar fazer vir ao de cima aquilo que se encontrava escondido num canto obscuro.

Consegui em momentos, hoje sinto que ganhei algumas batalhas mas perdi a guerra.

Desde cedo percebi que a maioria dos seres humanos consegue ter sempre coragem para maltratar aqueles que lhes querem bem, é mais fácil.

Na verdade vivo num mundo mau, mas que me permite viver, se nascesse cinquenta anos antes teria morrido aos dezoito anos.

É tudo adaptação, o lado estoico todos os dias ganha mais um bocado do meu coração.

Aqui vou partilhar rotinas, ficção, pensamentos, desabafos da forma como hoje encaro o mundo.

Não interessa se vivemos muito, interessa é como se vive...